Rio ,o filme para inglês ver Belas imagens! Mas e a mensagem? É bom pensar bem antes de decidir não ser mãe, porque você pode arranjar trabalho adicional. Este é o meu caso. Decidi não ter filhos. Mas, como não pude decidir não ter sobrinhas, elas estão aí. E gostam de mim!! Gostam tanto, que me pedem coisas absurdas, como assistir ao filme do Justin Bieber usando camiseta e tudo!!!!! Mas, com um pouco de psicologia, me livrei da camiseta. Depois dessa aventura, fomos assistir ao filme Rio. Lanchinho em mão, óculos (para miopia e 3D) a postos, começou a sessão. Como todos sabem, trata-se de um belo filminho com lições ecológicas inestimáveis e personagens adoráveis. Eu realmente adorei todos eles. Fiquei emocionada quando aqueles dois passarinhos disseram à ararinha, que veio se reproduzir, para estufar o peito, fazer olho de gavião e chegar chegando, porque “mulher brasileira gosta de ser pega de jeito!” Também achei o máximo a dentista do brasileiro passar rebolando na frente do carro, fantasiada de não sei o que, e lembrando ao seu cliente para passar o fio dental. E, quando a americana se espantou com o vestuário, foi logo alertada de que todos no Brasil se vestem daquele jeito e que ela também estaria assim em pouco tempo. Por falar em brasileiro, não consegui mesmo identificar qual o problema mental daquele rapaz. Não sou da área da saúde. Mas, mesmo assim, pude perceber que, qualquer que seja a debilidade que ele porte, está em estágio terminal. E os macaquinhos, que lindos! Todos escurinhos e espertinhos! Atacam os turistas no Pão de Açúcar, furtando todos os seus pertences, inclusive alianças e aneis, com os quais permanecem durante todo o filme. Ah, e ainda arranjam uma bela briga de gangues em algum momento do longa. Os carros, então, são um primor: fusca, kombi, lada… nem sei mais os nomes. São todos modelos da década de setenta, muitos concebidos antes de mim. E tem a praia! Ah, a praia! Um zilhão de pessoas e, ainda assim, foram capazes de mostrar a bola batendo em cheio no popô G de uma mulata desavisada que estava recostada em uma barraquinha. Serviço especializado? Nem pensar! O cachorro, que mora lááááá na casa do caramba, só conseguiu tirar a corrente por acidente. Mas também, não poderia ser diferente: estamos no Brasil e ele estava com pressa para correr para o carnaval vestido de Carmen Miranda. Pelo mesmo motivo, o segurança que deveria monitorar os passinhos da ararinha perdeu a pose. É carnaval, minha gente!! Vamos largar tudo de lado e nos divertir!!!!! E, por qualquer trocado, é possível comprar os serviços de um menininho da favela, mesmo que esses serviços sejam moral e legalmente duvidosos. Ai, Sandra, não seja tão pessimista; a ararinha azul disse que o Rio era a coisa mais bonita que ela já havia visto em toda a sua vida. Claro, ela é brasileira! E, é lógico, o sangue fala mais alto. Somos passionais. Além disso, ‘o Rio de Janeiro continua lindo’! O filminho é realmente encantador, com paisagens belas e belos animais. Mas, no fundo, não passou de uma cartilha mal disfarçada para os gringos que vêm para a Copa do Mundo e as Olimpíadas. Tudo bem, não posso negar: as coisas que foram retratadas procedem, de alguma forma. No Brasil há violência, há indolência, há corrupção, há turismo sexual e há sacanagem sim. Mas, definitivamente, não é isso que define o País. Somos também uma nação próspera, em pleno desenvolvimento, que, espero eu, um dia vai deixar de ser colônia de exploração. Desejo, de verdade, que a má impressão que o filme tenha deixado nos futuros turistas seja totalmente desfeita por uma linda celebração. Eu confio no Brasil, eu confio nos brasileiros, e sei que, ao contrário do filme, a Copa e as Olimpíadas não serão eventos para inglês ver. Serão eventos para o mundo todo aplaudir! |
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*Este post é uma colaboração do amigo Adroaldo Quintela(DF).O filme não emocionou o Roteiro e a opinião expressa a sensibilidade da autora, uma nova amiga deste "ofício". |
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