terça-feira, 31 de julho de 2012

Erro crucial de arbitragem deveria ser crime culposo da FIFA

Não se trata de choro de tricolor.
Foi unânime a indignação de torcedores, jornalistas e apaixonados por futebol  pela anulação do gol de Fred, no final do jogo entre Flu e Atlético (0x0), domingo passado, no Engenhão.
O erro ainda se destacou mais pelo significado do jogo entre duas equipes candidatas ao título e pelo desempenho do Galo de Ronaldinho, líder do campeonato.
As perdas para o Fluminense foram grandes e os dois pontos que foram arrancados do tricolor farão muita falta. Na verdade, o vencedor daquele jogo sairia, mais do que nunca, candidato ao título.
Mas este post vai deixar o detalhe de lado.
Importa a oportunidade, mais uma, de discutirmos o uso da tecnologia para auxiliar a arbitragem em lances rápidos e cruciais durante uma partida de futebol.
Em 2010, já que mais uma Copa se aproxima, a Inglaterra sentiu dolorosamente a sua classificação escapar por um erro grotesco e escandaloso. Fez um gol legítimo, com a bola entrando claramente mais de um metro no gol da Alemanha, que o juiz anulou. A história da Copa poderia ser outra, caso a Alemanha não se classificasse.
Mas não faltam exemplos no passado, no presente e não faltarão no futuro, se nada for feito.
O tênis já usa a tecnologia e nem por isso deixou de ser um esporte de alto nível e de muita emoção.
Aliás, para aqueles que argumentam que o erro faz parte do futebol porque gera polêmica, lembrem-se que gera, isto sim, mudanças irreparáveis na trajetória de clubes, jogadores, treinadores, investidores e, claro, tristezas e desilusões desnecessárias ao torcedor, craque da arquibancada e sustentação dos valores culturais, esportivos  e econômicos do futebol.
Nem um atleticano reclamaria de um gol confirmado sob o olhar da verdade.
Aliás, torcedor algum, reclama da verdade. É balela atribuir ao erro um elemento necessário para alimentar a paixão no futebol.
A paixão é maior, ainda, se a regra for cumprida, pois assim não existirão desculpas para os adversários.
A FIFA passa por uma depuração moral, untada que parece ser pela corrupção.
É hora de limpeza de seus vícios equivocados, como o conservadorismo de uma geração que passou do tempo.
Há muitas formas de adaptar a tecnologia, como parece que será confirmada para a Copa em 2014, mas não sabemos o quanto nem como.
Há consenso que cada time possa ter direito a um número "X" de solicitação dos recursos para tirar dúvida em lances polêmicos.
Esse parece ser um bom começo.
Mas é preciso fazer pressão e exigir da imprensa esportiva, dirigentes e atletas manifestações favoráveis.
Vale a pena fazer campanhas pelas redes sociais e organização de manifestações nos espaços devidos.
A causa não é pequena.
O futebol é um dos esportes mais importantes do planeta e o mais apaixonante, e universal. Cria gerações e mais gerações de atletas, é esporte e lazer ao mesmo tempo, envolve e entrelaça pessoas bem intencionadas, movimenta a economia, gera empregos e impostos, numa cadeia produtiva consistente.
Chega de "emoções"  às avessas. Ninguém quer ganhar com erros de arbitragem.
O torcedor não prefere isso. É mentira, tanto quanto o erro de domingo.
Veja o link:

terça-feira, 17 de julho de 2012

"Na Estrada" é um filme para se pedir carona.

Escrevo este post com enorme satisfação. Esperava ansioso.
A maior riqueza de uma vida é, seguramente, a liberdade. Palavra fantástica, ampla, encerra tanta coisa.
Adolescentes, jovens e até adultos, todos nós ansiamos por ela. Ser livre para escolher, estar aqui ou ali. Fazer isso ou aquilo. Realizar as nossas próprias revoluções, políticas ou de costumes.
É um sonho que embala a vida.
"Na Estrada” (EUA/Brasil-2012), dirigido pelo brasileiro Walter Salles, revive sonhos de outrora.
Há pecados na aventura, alguns imperdoáveis. Há um amigo-inimigo, doido de pedra, irresponsável, louco e moribundo. Sem pai nem mãe.
Mas o que vale é a ideia original.
Amizade de garotos, solidários na fome (diversas), na falta de grana, apaixonados uns pelos outros.
Amores sem limites entre homens e mulheres, homens e homens. Sensualidade ardente.
Dean Moriaty, interpretado por um surpreendente e carismático ator chamado Garrett Hedlund, é o líder irresistível. Sua voz de adulto, firme, chega suave aos nossos ouvidos atentos. Vaga bêbado atrás do pai, da mãe, da família que nunca teve.
Seguem-no Sal Paradise (Sam Riley) o escritor, Carlo (Tim Sturridge) o poeta, Marylou (Kristen Stewart) a namorada sofrida, despedaçada, drogada, mas amante apaixonada, encantada, enganada nos seus breves ainda 17 anos, coitada. Os quatro "arrebentam" na interpretação.
Num EUA explodindo de oportunidades e contradições pós-guerra, berço esplêndido da contracultura, inspiração para drogas, rock e poetas suicidas, mas com estradas boas já naquele tempo, veem-se paisagens tórridas e geladas.
Cidades grandes, pequenas, norte, sul, leste, oeste, onde a polícia rodoviária é tão eficiente quanto corrupta.
Carros antigos que funcionavam como os nossos de agora, jazz puro e de primeira, sexo e muita doidice.
Muita coisa para não ser repetida. Menos a estrada, o jazz, os livros e o sexo.
O filme não cansa. A cada cidade por onde a turma foge de si mesma há novos personagens e cenas quentes.
Mas há o amor incondicional entre os amigos e o sonho louco por liberdade.
Durante quase duas horas eu segui os malucos, mas não fumei nenhum baseado.
Valeu, Walter.

O filme é baseado no romance "On The Road", de Jack Kerouac, publicado pela primeira vez em 1957.
Jack foi um dos maiores representantes da "geração beat americana" e seu livro inquieta mentes e corações até hoje.
No filme, Sal e Dean são as projeções do próprio Jack e de seu amigo de aventura Neal Cassady.
Ninguém menos que Francis Ford Copolla produziu o filme.


Sal e Dean( google imagens)


Vale a pena bisbilhotar o site oficial: http://www.naestradaofilme.com.br/




segunda-feira, 16 de julho de 2012

"Para Roma, com Amor"

Woody Allen é um gênio. Não há exageros na frase.
Cultuado como diretor, ele reaparece como ator em papel importante, protagonista marcante do roteiro escrito pelo próprio cineasta.
"Para Roma, com Amor” (2012), nova comédia romântica de Woody, já em cartaz no Brasil, é mais um presente que o cinema ganha, como parte da promessa do também músico de homenagear belas cidades do mundo real.
Após "Meia Noite em Paris” (2011), agora é pela eterna Roma de Fellini (outro gênio) que Woody passeia com seu romantismo bem humorado e convincente.
O filme mostra tudo que importa da cidade, mantendo vivas as lendas e mitos dos romanos, sua história, cultura e hábitos e sensualidade.
Há desde a italiana interiorana que se perde na cidade e se entrega a um ator famoso até um cantor de banheiro, que reabilita um produtor musical aposentado.
Na trama, Woody, o  ator,  descobre um italiano com voz de tenor, mas que só canta em casa, durante seu musical banho.
Insiste tanto em produzir o teimoso que o transforma em estrela.
Para conseguir isso, em aspecto indiscutível de genialidade, leva-o a cantar dentro de um banheiro improvisado pelos palcos de óperas da cidade.
As cenas dessa façanha são emocionantes, mesmo em ficção. Woody puro.
Sem comparações apaixonadas, é uma nova versão de "cantando na chuva", vamos brincar. Extraordinária, esta parte da trama vale o filme todo.
Mas há ainda, como se houvesse limites, Ellen Page(Garota Fantástica) interpretando uma atriz "tarja preta", o maduro e sempre bom Alec Baldwin, Jesse Elsenberg(Rede Social), que deixa o mundo virtual do facebook para se deixar apaixonar perdidamente por quem não deve, Penélope Cruz e Roberto Benigni.
O filme é apaixonante, divertido, leve.
A trilha musical nos faz sair cantarolando do cinema. Itália para os ouvidos.
A vida é bela!!!

Woody dirigindo a si mesmo e a Penélope Cruz (google imagens)




sexta-feira, 13 de julho de 2012

"E Aí...Comeu?" é melhor que o título.

O nome do filme, baseado em peça de Marcelo Rubens Paiva, é chulo.
Os diálogos dos três amigos protagonistas são pesados, mal educados e machistas.
Apesar disso, o resultado final do filme é muito bom e temos uma boa comédia que nos faz rir relaxadamente, um roteiro alinhado que, ao final, homenageia as mulheres, colocando os homens em seu devido lugar e, felizmente, mantendo viva a necessidade do amor de um par solidário. O casamento está salvo.
Bruno Mazeo, Marcos Palmeiras e Emilio Orciollo Netto( excelente) são três amigos frequentadores do mesmo bar, metidos a garanhões, mas sofridos nos relacionamentos amorosos.
Nada de original, a princípio, a trilha surpreende pela abordagem realista e bom humor de nosso novo cinema.
Vá para o cinema sem preconceitos, apesar do "comeu". Permita-se surpreender.
De quebra, verá duas participações rapidíssimas e interessantes de "Tufão" e "Lady Kate".
O roteiro tem o próprio Marcelo Rubens Paiva e o filme é um dos lançamentos de 2012.
Direção de Felipe Joffily, o mesmo de "Muita calma nessa hora". O filme mais novo é muito melhor.

Os três "machões" atrapalhados - google imagens




terça-feira, 3 de julho de 2012

Medite sobre esta dica

Este post não fará sugestão de filme, restaurantes ou lugares que me emocionaram.
Hoje, vamos dar uma dica de diversão, bom humor e felicidade que podem ser obtidos sem sair de casa e sem gastar nenhum tostão, como se dizia mais antigamente.
Roteiro tem uma forte base espiritual e a convicção que o mundo metafísico caminha junto e entrelaçado com o mundo científico.
Para mim, em certa medida, os deuses eram astronautas, ou ainda são.
Minha dica nasce de experiência própria, vivida, testada, embora não me pareça muito inteligente ficar divulgando meus "roteiros" de não ficção.
Em alguns textos já escrevi sobre a felicidade ou o grande achado de nos sentirmos plenos, completos, deuses.
Mas nunca escrevi nada tão pessoal. Então, vamos lá.
Você pode, sim, sentir ou fazer o que desejar e, assim, alcançar a felicidade ou um estado de espírito que lhe fará se reconhecer assim.
Não é tão  rápido, num piscar de olhos ou da noite para o dia. É preciso praticar. Exercício e disciplina. Mas é possível.
Primeiro, reconheça o que lhe parece errado. O que lhe incomoda verdadeiramente. No mundo ocidental, há muitas cosias que nos faz muito mal. Não faltam estímulos anti-felicidade. E há, também, os nossos próprios "defeitozinhos", nascidos ou adquiridos, ou tudo ao mesmo tempo. O que,  realmente, lhe incomoda tanto? Eu o deixo à vontade para procurar.
Segundo, se entregue à descoberta ou afirmação pedida acima. Reconhecer os limites ou incômodos é tão essencial quanto respirar.
Terceiro, pense se precisa continuar assim. O que lhe prende a este "roteiro”? Falta vontade de romper com o "vício" ou acha que não tem forças para tal?
Quarto, convença-se que o seu corpo, parte integrante de você, não concorda com sua preguiça mental e espiritual.
Ele decide reclamar e adoece. Ele cansa de você. Ele lhe obedece ao mais silencioso pensamento ruim e sua insistência em se acomodar. Ele obedece aos seus medos.
Há muitos caminhos para enfrentar aos nossos desafios pessoais, ao nosso "carma", como dizem algumas culturas orientais.
Em meu caminho, espinhoso e incompleto, na busca dessa tal felicidade, eu encontrei vários atalhos.
Um deles, o mais importante, é muito pessoal e eu não tenho assim, uma receita pronta.
Eu achei o meu Deus, seu mundo, a alegria das recompensas da fé. Não coloquemos rótulo sobre como se chama essa religião que sigo. Sou católico e sou budista, ou sou espírita e mulçumano em respeito aos que acreditam em ambas. E sou todas as outras que prometem um caminho mais difícil de transformação e que dependa, sobretudo, de cada um, no seu jeito.
Mas confesso que ouço e leio os profetas Jesus e Buda.
Em meio a essa caminhada, descobri um atalho do atalho. É a minha dica.
Hoje, a meditação foi reconhecida dela ciência médica. Sua utilização se multiplicou. Ela atenua dores, males e doenças e as previne também.
Está nos hospitais, tanto na luta contra o câncer como no enfrentamento dos males do coração. Não é remédio, não faz milagre, mas é muito bom.
Roteiro, hoje, se consegue compartilhar emoções, foi graças à meditação e ao Tai Chi Chuan, uma prática completa, baseada nos movimentos dos animais e em lutas marciais.
A meditação é atalho, é caminho, é um "ansiolítico" sem efeitos colaterais, é um filme romântico bem finalizado, um restaurante da comida mais deliciosa, um lugar perfeito.
Tratada com carinho e paciência, ao longo do tempo lhe transforma e pode lhe salvar.
Arruma seus pensamentos, fortalece sua imunidade, lhe dá graça e humor e, mais benéfico, pode reduzir e controlar o mal do século (para mim), a ansiedade. A ansiedade é a porta da decisão errada e de muitos  males da mente e do corpo. Refiro-me a ansiedade indesejada, generalizada às vezes, que reduz a qualidade de vida e que nos faz errar muito.
Não é fácil aprender a meditar. Dá trabalho como tudo que é verdadeiramente bom. Mas é um santo "remédio", além de lhe fazer mais sábio e melhor preparado para tudo.
Medite sobre esta dica.