sexta-feira, 1 de março de 2013

A HORA MAIS ESCURA é claramente o melhor filme.

Vários filmes candidatos ao Oscar relataram histórias reais neste ano.
Apontei ARGO, sobre a invasão da embaixada dos EUA no Irã, em 1980, como merecido vencedor.
Não tinha assistido A HORA MAIS ESCURA. O último da lista.
A Academia não teve coragem de elegê-lo.
Na trama, matéria de TV mostra o Presidente Obama mentir. Nega o uso da tortura durante a longa caçada a Osama Bin Laden. Não era possível premiar este filme e dar mais destaque ao velho método.
A Diretora de GUERRA AO TERROR, vencedor de Oscar, Kathryn Bigelow merecia o bis.
Jéssica Chastain(Historias Cruzadas e Árvore da Vida) interpreta com louvor  agente da CIA, Maya, recruta que por intuição, inteligência e obstinação leva os americanos ao seu maior feito de vingança da história ao achar o terrorista Osama e matá-lo, enterrando, por hora, parte dos fantasmas de 11 de setembro, a data.
O filme é escuro por necessidade, mas deixa claro os bastidores de uma caçada de dez anos, recheada de atentados, investigações, abusos, traições, perdas de vidas inocentes de lado a lado.
Ao vê-lo, e sendo testemunha dessa amarga história( quem não se lembra do atentado e seu efeito em nossas vidas?) senti uma emoção muito especial que não sei bem explicar.
Perplexidade, asco, medo, satisfação, alivio?  Não sei exatamente.
Ao meu lado uma Ministra viu o filme com mesma tensão.
Que será  que ela pensou com as cenas de tortura e os bastidores de uma investigação tão importante quanto secreta?
Quantas decisões militares, ou não, mas guardadas a sete chaves, e para sempre,  ela já acompanhou?
A HORA MAIS ESCURA instiga muitas inquietações, explica outras, preocupa bastante.