segunda-feira, 8 de julho de 2013

"Truque de Mestre" - mágica do século XXI


Roteiro volta com a sua sessão favorita “Cinema ainda é a melhor diversão”.
Sem jogo de palavras, os truques que estão em cartaz em “Truque de Mestre” são mágicas originais, num enredo dinâmico (de perde o fôlego), com tomadas ousadas da direção, perseguições, surpresas e, claro, o romance para o qual não há truque que supere.
O carismático e “metido” Jesse Heisenberg, aquele mesmo que nos encantou em “Redes Sociais”, o filme do facebook, volta como ele é: metido, e encantador, falando com a velocidade de 4G sem que percamos nada de sua genialidade. Um de seus parceiros é interpretado por um dos meus favoritos, Woody Harrelson (“Proposta Indecente”, “O Povo contra Larry Flyint” e “O Mensageiro”).
Cenas em que dois mitos do cinema, Morgan Freeman e Michael Caine, surgem dão ao filme a categoria dos mestres, invocam uma festa de Oscar.
O filme é contemporâneo, digital, cibernético e antigo, também, quando nos embrulha no mundo fascinante da mágica eterna, indecifrável, e menos previsível ainda, neste caso.
Mas há muitos truques novíssimos e um roteiro de surpresas. E quanta surpresa!
O único resumo possível é revelar que quatro mágicos “espertos” são atraídos para aplicar um novíssimo golpe que demoramos o filme todo para entender. E isso é truque.
Numa cena, lembrei-me dos manifestos mundo afora, quando jovens são convocados para grande encontro e a polícia fica tonta.
Bom filme. Quase tudo nele é novo (e mágico).
Criatividade e coragem param nos contaminar e deixarmos a sala satisfeitos.
O Diretor é o francês Louis Leterrier( "Carga Explosiva" e "Fúria de Titãs" - nada especiais)

quinta-feira, 4 de julho de 2013

"Minha mãe é uma peça" - Manifestação pacífica e engraçada.


 Eu ainda não vi manifesto das donas de casa estressadas, que reclamam dos maridos que as abandonaram, mas  deixaram  os filhos adolescentes e seus dramas.
Coube ao cinema brasileiro fazer isso com talento e bom humor.
“Minha mãe é uma peça”, em cartaz nos cinemas e com o surpreendente Paulo Gustavo no papel de Dona Hermínia, foi capaz de me convencer a “vemprocinema, vem”,  e eu convoco vocês.
Bem escrito, o filme contribui para enfraquecer o preconceito contra os gays e gordinhos e valoriza o papel insubstituível, e necessário nestes tempos de tantas mudanças, que a família exerce para o bem de nossas vidas.
Hermínia  foi abandonada pelo marido bonitão(Herson Capri) que escolheu uma mulher mais nova, e fútil(Ingrid Guimarães), e tem que sobreviver com o abandono humilhante e uma dupla de filhos que se esforçam para aguentar suas rabugices. A mãe, de bob na cabeça o tempo todo, se esforça para controlar o que lhe restou de um casamento fracassado.
Gargalhadas para a atuação de Paulo Gustavo, humorista da nova geração, que nos faz esquecer que não é uma mulher de verdade e ainda interpreta, com louvor, todas as Hermínias da vida real.
Um filme sobre a família que todos nós conhecemos na vizinhança e que a vizinhança também "conhece".
Paulo é o próprio autor da peça que inspirou o filme.
É uma boa comédia e vocês não vão protestar contra o blog depois da sessão.