terça-feira, 25 de outubro de 2011

Champanheria na praia mais charmosa do mundo.


A quadra é glamourosa. O imponente Copacabana Palace é a vedete. A rua ao lado, a Rodolfo Dantas, à direita  para quem vê da praia, aproveita a fama do grande hotel. 
Foi uma supresa e tanto. A promessa era que iríamos a um "barzinho novo", talvez um pub. Alguém  viu no jornal. Então, saímos para lá.
Não era nada disso.
Uma champanheria, a maior do Rio, recentemente inaugurada, nos recebeu como nos anos 20: elegantemente.
O ambiente reproduz a penumbra dos cabarés daqueles tempos. Para ler o cardápio ou a boa carta de espumantes é preciso uma lanterninha que a garçonete oferece com estilo. Muito excitante. Atmosfera dos tempos da Lei Seca e das meninas melindrosas.
Decoração elegante e de época, repleta de garrafas de champanhe e fotos de dançarinas da noite, prontas para  alguns passos de Charleston.
Lembrei de "Meia-Noite em Paris", confesso. De algum modo, era como se estívessemos voltando no tempo.
O lugar é chic e os preços não são assim módicos.
Mas é uma inovadora opção para uma noite especial. Muito bom para levar a amada no dia de seu aniversário. Ela vai gostar. Vai se sentir uma dama, de verdade.
Lugar delicado. Há champanhes de casas locais ou famosas pelo mundo todo, bons vinhos e cozinha mediterrânea.
Pertinho do Copacabana, pode ser um consolo agradável. De lá, é possível ver o grande hotel e sonhar.
Música ao vivo com vasto repertório, mas adequado ao ambiente.
Brinde sua companheira. Reserve uma noite na Champanheria Charleston Bubble Lounge 
Charleston é uma dança surgida nos anos 20, na cidade que deu o nome, no  Estado da Carolina do Sul(EUA). É marcada pelos movimentos de braços e afastamentos laterais dos pés. Era a diversão dos cabarés da época.






terça-feira, 18 de outubro de 2011

A Copa no Brasil. Vitória, empate ou derrota ?

Não dá mais para devolver. A Copa terá que ser aqui.
Começa desgastada por conflitos de interesses mal explicados pela FIFA.
A pergunta mais importante é saber se deixará legado.
Acho que sim. Empregos já surgem, virão oportunidades de negócios, infraestrutura  e melhor mobilidade em algumas sedes. O Turismo ganhará, seguramente. Crescerá com índice de dois dígitos. De uma a duas dezenas e com estabilidade.
Ficaremos melhores para receber.
Nossa imagem poderá mudar. Ir além do próprio futebol, praia e samba.
O custo para a sociedade poderá ser ressarcido em médio prazo com as moedas acima.
Em lugar nenhum há Copa sem Governo e ele sempre quer uma Copa.
Ela pode ser boa, se tivermos juízo.
Talvez sejamos campeões. Mas isso é menos certo que as alternativas acima.

Ele encontrou razões para sorrir.


sábado, 15 de outubro de 2011

"Amizade Colorida", um pouco mais que uma comédia romântica

Uma comédia sem grandes pretensões, picante sem ser vulgar e que brinca com a excitante questão da amizade colorida, surpreende.
Com suavidade, dignidade e humor inteligente nos leva a pensar, também, no drama social do Mal de Alzheimer. Quem já teve ou tem uma experiência de Alzheimer em família vai se emocionar.
O pai do protagonista apresenta os primeiros e progressivos sintomas da doença. O filme destaca as dificuldades dos familiares mais próximos  e os constrangimentos fora de casa, comuns nessa etapa do distúrbio.
O recorte, contudo, não nos impede de rir, apreciar atores como Woody Harrelson(O Povo contra Larry Flynt) que faz o papel de um gay bem  resolvido e de se deliciar com o amor que surge da amizade divertida entre Dylan(Justin Timberlake) e Jamie(Mila Kinus). As cenas de sexo são criativas. Os diálogos na cama são um jogo inteligente.
Para quem não se lembra, o galã teve participação importante em "A Rede Social", um dos melhores filmes de 2010 e fez sucesso na banda 'N Sync.
Ela é a bailarina companheira de  Natalie Portman em "Cisne Negro".

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segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Resposta ao meu amigo flamenguista Afrânio




Foi resultado para chororô, sim. Foi jogo para crônica de Nelson Rodrigues. Foi gol de bunda para substituir o de barriga. Foi tudo isso. Foi um Fla x Flu.
Eu não estava arrogante antes do jogo. Tenho muitos Fla x Flu pelas costas. Mas esperava uma vitória igual àquela que foi interrompida aos 42min.
Não foi falta, reveja com imparcialidade. Tocou na bola e nada mais.
Não foi justo, mas o futebol é uma atividade humana em que o injusto não se castiga. É para lá de subjetivo, pois a torcida vencedora é quem conta a história.
A virada épica não te pertencia, flamenguista. Agora, sim. Mas em jogo que  juiz é atração é porque teve algo estranho aos olhos das duas torcidas.
Ninguém quer perder com erros de apito, e nem ganhar.
Tu deves  comemorar muito, pois ainda ficarás espantado por muito tempo com o que o Engenhão assistiu.
Que me desculpe o estádio olímpico do Bota, mas o jogo de ontem só poderia acontecer no Maracanã.
Ontem, o que ainda sobrou do velho "Maraca" deve ter se contorcido de alegria e dor, pois ambas sempre foram as boas razões de sua existência. Seu "palco" eterno foi feito para risos e choros.
O Fla X Flu de domingo foi quase perfeito: faltou o Maracanã e um bom juiz.

Nota: Esta pequena carta é uma homenagem ao futebol, paixão deste blogueiro tricolor.

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segunda-feira, 3 de outubro de 2011

A gaita mágica e o fogo que sai do chão

O nome do restaurante não é atraente. Dá desconfiança: Beto Perroy.
Provavelmente, sempre precisará de alguém local para indicá-lo.
No caso do Roteiro, foi o motorista de taxi que nos levou ao horto florestal quem sugeriu, quando passamos ao lado da construção de madeira com alpendre, típica na região. Ele acrescentou que a carne servida era preparada em fogo de chão. Esse detalhe nos agradou.
Além do alpendre na parte da frente, uma sombreada plataforma, ao fundo, acolhe mesas de madeira coloridas e amplos guarda-sóis. Araucárias imponentes cercam o local e parecem proteger o terraço suspenso das montanhas muito próximas.
Enquanto nos deliciávamos com pernil macio de cordeiro e saladas frescas com direito  a  truta defumada, ouvimos um arranjo suave e emocionante.
Um artista fazia um show com auxílio de um teclado e sua gaita. Seu repertório enchia o espaço de emoção com os acordes incomuns. Clássicos, boleros, pop-rock, trilhas e até o sotaque de Bumba-Boi, do Maranhão, na interpretação inédita de "Boizinho da Lua", homenagem ao Roteiro, que havia registrado seu encanto com os arranjos de tão delicado instrumento.
Não sei se o tocador estará sempre lá, mas o fogo de chão com certeza. Mas, é necessário esclarecer, não é apenas uma pequena churrascaria. É uma surpresa inesquecível das montanhas frias de Campos do Jordão. 

Foi uma sorte e um privilégio descobrir um lugar assim e ter passado exatamente quando um som mágico de gaita se misturava aos aromas de comida caseira e de natureza sossegada.

Para conhecer melhor visite www.betoperroy.com.br


O artista da gaita se chama Aloysio Becker.