domingo, 27 de fevereiro de 2011

Em "O Vencedor" a vitória é do coadjuvante.

Embora indicado a melhor filme e com três outras indicações para atores coadjuvantes - Melissa Leo e Amy Adams na categoria feminina e Christian Bale na categoria masculina, “O Vencedor" pouco tem aparecido no noticiário do Oscar aqui no Brasil.
O Diretor David O. Russel, contudo, conduz um roteiro baseado na vida do pugilista Micky Ward, com retoques de sua brilhante habilidade de transformar o  cotidiano em surpreendente e apaixonante realismo. O tema heróis do boxe, aparentemente cansado pelas séries de Rock Balboa e muitos outros filmes, reaparece como novo.
Não é um filme arrebatador, indiscutível e nem irá se tornar um campeão de bilheteria.
Mas é arrebatadora a interpretação de Cristian (Batman Begins) no papel de Dick Ward. Seu personagem é complexo, carismático, polêmico, humano e lhe exige, seguramente, o melhor desempenho da carreira.
Leve, indisciplinado, irreverente, familiar, irresponsável, zeloso, viciado em crack e herói de sua comunidade, Dick nos envolve em sua vida e no filme, nos misturando, como observadores atentos, às relações  cheias de conflitos de uma  família americana da classe C.
Em uma cena com a sua mãe Alice (Melissa Leo), após ser retirado do esconderijo no qual alimenta o vício, Dick cantarola "I started a joke", dos Bee Gees e nos relembra, de forma antológica, o universo de amor invencível entre mãe e filho.
Com personagem tão complexa, Christian eleva o filme e, certamente, é causa e efeito de sua indicação à estatueta principal da festa.
Ele disputa com honra e mérito o Oscar de melhor ator coadjuvante. Mas, querem saber a verdade? Com status de melhor ator!

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

E o Oscar vai para...

Esta é a relação dos indicados aos principais(critério meu) prêmios da Academia em 2011:


Melhor filme
Cisne Negro
O Vencedor
A Origem
O Discurso do Rei
A Rede Social
Minhas Mães e meu Pai
Toy Story 3
127 Horas
Bravura Indômita
Inverno da Alma

Melhor diretor
Darren Aronovsky – Cisne Negro
David Fincher – A Rede Social
Tom Hooper – O Discurso do Rei
David O. Russell – O Vencedor
Joel e Ethan Coen – Bravura Indômita

Melhor ator
Jesse Eisenberg – A Rede Social
Colin Firth – O Discurso do Rei
James Franco – 127 Horas
Jeff Bridges – Bravura Indômita
Javier Bardem – Biutiful

Melhor atriz
Nicole Kidman – Reencontrando a Felicidade
Jennifer Lawrence – Inverno da Alma
Natalie Portman – Cisne Negro
Michelle Williams – Blue Valentine
Annette Bening – Minhas Mães e meu Pai

Melhor ator coadjuvante
Christian Bale – O Vencedor
Jeremy Renner – Atração Perigosa
Geoffrey Rush – O Discurso do Rei
John Hawkes – Inverno da Alma
Mark Ruffalo – Minhas Mães e meu Pai

Melhor atriz coadjuvante
Amy Adams – O Vencedor
Helena Bonham Carter – O Discurso do Rei
Jacki Weaver – Animal Kingdom
Melissa Leo – O Vencedor
Hailee Steinfeld – Bravura Indômita



O Roteiro da Emoção está lançando uma promoção(uma divertida brincadeira) relâmpago para os seus amigos.
Encaminhe pela pasta comentários desta postagem a sua lista de favoritos nas categorias acima.
O ganhador será aquele com mais acertos.Em caso de empate, o vencedor será aquele que primeiro manifestou suas indicações(é só seguir a listagem na pasta de comentários).
Ao ver o seu nome anunciado  em uma postagem específica ,entre em contato com o blog.O prêmio será um DVD do melhor filme, que será entregue em sua residência sem nenhum custo,logo que estiver a venda no mercado brasileiro.Faça indicações apenas das categorias acima,lembre-se.Mesmo que deseje manter o máximo de privacidade,você deverá revelar alguma indentificação(a escolha é sua) para que possamos confirmar o autor da manifestação  vencedora e entregar o prêmio.


Para efeito da competição, a promoção encerra às 23h59min do dia 26/02/2011.Mas você poderá participar da brincadeira por pura emoção durante o dia de domingo.



terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Com a palavra, meus amigos!

Eliana Leonir, de Brasília, recomenda "Te Amarei para Sempre” e "Por uma Vida melhor".

Afrânio, do Rio, destaca um filme franco-russo, chamado "O Concerto", que trata de música e músicos na atual Rússia. Filme de arte, segundo ele, que nos toca profundamente.

George Soares, também do Rio,  indica outro  filme de arte, "Harmony", produção sul-coreana  em que prisioneiros e guardas de Seul se revelam através de um coral. Assista com lenços à mão,ele pede.

Mikaella, de São Luís, gostou de "O Vencedor", concorrente ao Oscar 2011.

Anna Maria, carioca da gema, compartilha um curta de cerca de cinco minutos, chamado "A Fotógrafa”. O suicídio moral da humanidade ao esquecer a ética para chegar à estética, em sua opinião. Veja o link:
http://video.bugun.com.tr/bugunPlayer.swf?file=dagilfilm.flv

Gradativamente, divulgarei todas as contribuições dos amigos do Roteiro da Emoção,inclusive arquivos de fotos e vídeos.


"72 horas"...de Amor!


O filme “72 Horas” é uma das melhores histórias de amor que já assisti. Convincente e arrebatador.
Do mesmo diretor de “Crash - No Limite”, Paul Haggis, tem como personagens centrais John Brennan (Russell Crowe) e Lara (Elizabeth Banks - exuberante em sua beleza forte e delicada ao mesmo tempo). Um casal americano comum,cuja mulher é condenada por um suposto assassinato.
Com roteiro de ação, o filme é, na verdade, uma homenagem ao amor de um homem por uma mulher, que poucos autores conseguiram traduzir para a tela, incluindo aqui o clássico “Dio, Como ti Amo” e “Crepúsculo”, a saga de vampiros apaixonados, para atravessar algumas dezenas de anos na história do cinema. Reconheço que há muitos clássicos belíssimos neste ínterim, mas insisto em dizer que este último me comoveu.
Vale assistir, se emocionar e verificar se ama, mesmo, seu companheiro ou companheira, seu homem ou sua mulher. É um belíssimo teste.

Nota:Esta foi a primeira dica que encaminhei por email aos meus amigos.Este blog começou assim.





domingo, 20 de fevereiro de 2011

Bravura Indômita é um filme de Cinema.

O encanto do cinema é algo que nem sempre conseguimos expressar tanto quanto conseguimos sentir, ao definir nossas sensações e opiniões. Diria que  causam efeitos mágicos, nos transportando no tempo e no espaço, trazendo lembranças, reduzindo angústias e gerando sentimentos de felicidade, sossego, inspiração, sonhos, vontade  de viver.
Considero essas lembranças que certos filmes me oferecem entre as mais especiais e valiosas sensações que a vida me permite sentir.
Eu, que tenho 51 anos, passei quase duas horas da noite de ontem com a sensação de que estava com 15! Voltei ao tempo do "velho oeste" e da saga daquele povo, seja ele real ou imaginário,mergulhando em minha adolescência.
“Bravura Indômita”, um remake do filme de 1969, com John Wayne (lançado agora em Blu-Ray), com direção dos inovadores irmãos Cohen, empoeirou-me, aguçou meus ouvidos, envolveu-me em cenários, trouxe-me cheiros e aromas do século 18, em terras de brancos destemidos e índios respeitados.
A jovem Haille Steinfeld , que merece o Oscar de melhor atriz coadjuvante em 2011, recria-se na personagem Mattie Ross, menina de 14 anos que deseja, a qualquer custo e enorme determinação, vingar a morte do pai. Ela é uma negociadora astuta e corajosa, ainda que imaginar tal comportamento juvenil naqueles tempos nos peça algum esforço.
O ator principal, nosso John Wayne de hoje, é espetacular, embora interprete um mocinho feio, gordo, com um só olho, alcoólatra, sem eira nem beira.Com incômoda voz  rouca, ele é o xerife federal, Reuben J. Cogburn, respeitado, temido, uma lenda por aquelas paragens e tempos, escolhido pela menina prodígio para caçar o bandido assassino.
Como alguém com essas características pode ser herói? No tempo de John,os mocinhos corriam,cavalgavam, rolavam pelo chão, mas saiam da cena limpos e com a roupa engomada. Nem nos importávamos com isso.
Este herói do faroeste de agora é diferente, e aí começam os detalhes que nos fazem admirar a história.Dentes e  mãos sempre sujas, roupa empoeirada e a falta de higiene transbordam da tela. E assim são também os bandidos. O oeste real, rude e sem lei.
Eu já disse que a minha estatueta de melhor ator vai para Colin Firth(O Discurso do Rei), mas sua sorte, talvez, foi Jeff Bridges(o xerife com tapa-olho) ter ganhado um Oscar de melhor ator em 2010, com o filme “ Coração Louco”.
Bravura Indômita ainda surpreende com um cavalo “ator”, em meio a uma bela fotografia quase em preto e branco, pois o “velho oeste ”de verdade tinha poucas cores.
 

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Traição no cinema e uma noite sem fim.

Eu recebi de Talita Furtado (MA) e de Carlos Alexandre (DF) matéria publicada em O Globo, onde o jornal britânico The Guardian elege os 10 melhores bares da cidade maravilhosa.
Destes, valem os destaques que Talita já havia me sugerido conhecer: o Bar Urca, Urca com pastéis e vista  imperdíveis, e o Azul Marinho, lugar ideal para um bate papo a qualquer hora, carinhosamente escondido no Arpoador.
Meu amigo Rodrigo Castelo Branco (MA) acrescenta o restaurante Berbigão (Rua do catete, 1507, em frente ao Museu da República). Segundo ele, o festival de camarão a preços saborosos é o charme da casa.
Lembrou-me, ainda, do restaurante La Fiorentina, na Avenida Atlântica, no sossegado bairro do Leme.
Fundada em 1957, a casa ficou fechada de 1992 a 2001, após um incêndio. Ponto tradicional de intelectuais, jornalistas e celebridades do mundo da arte até a década de 90, mantem em suas paredes e colunas   assinaturas e mensagens de seus visitantes. Gosto muito do espaguete com frutos do mar, mas há belas opções de massas e outras combinações. Eu o conheci na década de 80 e visito sempre que posso.Para o Afrânio,carioca do Leme, a casa é agradável e sua preferências são as pizzas e sopas de frutos do mar. É um dos meus lugares preferidos no Rio.Vale,sim, pela tradição.
Tenho uma recordação curiosa sobre a minha primeira visita ao La Fiorentina.
Final dos anos 80, eu e minha mulher, Rosane, fomos ao cinema, em Botafogo, assistir ao filme "Atração Fatal” (1987), com Michel Douglas e Glenn Close - um grande sucesso que tirou o sono de milhares de homens. Fiquei impressionado ao presenciar a plateia carioca aplaudir, aliviada, o final do filme, quando  a personagem de Glenn  finalmente morre, deixando em paz a família do advogado infiel.
De lá, fomos levados pelos meus cunhados ao restaurante do Leme. Nos tempos de Cazuza e de sua brilhante poesia, amanhecemos na tradicional casa entre conversas à toa e chopp.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

O Médico de Renata.

A Renata Azzolini, de São Luís (MA), indicou-me "Mãos Talentosas- A História de Benjamin Carson" (2009), filme dirigido por Thomas Carter e roteiro de John Pielmeier, que tem o ator Cuba Gooding Jr (Um Príncipe em Nova York, Questão de Honra, Rede de Intrigas, Matador de Aluguel e Rádio) como protagonista.
Ele faz o papel de um médico americano negro chamado Benjamin Carson, atualmente Diretor do Centro de Neurologia Pediátrica do Hospital Universitário de Jonhs Hopkins, Baltimore, EUA.
O filme conta a história deste incomum homem. A atriz Kimberly Elise (Diário de uma Mulher Louca) faz, magistralmente, o papel da mãe de Carson.
Renata descreveu o filme como "formidável”. Procurando um sinonimo, gostei de “sublime”.
Dedico esta sugestão às minhas filhas, a todos os meus amigos médicos e a todos que são verdadeiramente gratos às suas mães.
 

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Um trem desgovernado, uma linda mulher e um Prêmio Nobel.




Cinema Ainda é a Melhor Diversão
1- Incontrolável
Com Denzel Washington (Dossiê Pelicano, Colecionador de Ossos, Duelo de Titãs, O Plano Perfeito, entre outros) e Chris Pine (Vírus e Sorte no Amor), direção de Tony Scott, é um filme daqueles tempos em que cinema era, sim, a melhor diversão. Com ritmo alucinante, deixa a gente tensa e incomodada com a cena seguinte, sem fôlego. Em minha opinião, foram inéditas as tomadas incríveis de um trem de carga desgovernado, ou melhor, incontrolável, ameaçando uma cidade e lugarejos no Estado da Pensilvânia (EUA). Adrenalina pura num roteiro baseado em fatos reais(o que aumenta a tensão e o interesse pelo filme).Um final de arrepiar. Assista como um adolescente e depois relaxe como um adulto.

2- O Turista
Angelina Jolie (precisa apresentar?) dirigida pelo desconhecido e corajoso diretor Florian Henckel Von Donneismarck, desmancha um roteiro típico de 007 dos bons tempos de James Bonde, interpretado por Sean Connery, inibe a beleza de Paris e deixa as ruas de Veneza como um simples pano de fundo. Johnny Depp (Piratas do Caribe), ator mais bem pago atualmente nos EUA, escapa da sombra de Jolie porque é, realmente, muito bom. Mas o filme é ela, INCONTROLAVELMENTE deslumbrante, um elogio à perfeição. Talvez nenhum outro filme consiga esta proeza com a própria Angelina.
A história... a história não importa muito.

Cinema e Literatura para Pensar e Viver melhor
Eu estive em Junho na África, durante a Copa do Mundo. Estudei particularmente a vida de Nelson Mandela e tive a oportunidade de conhecer o famoso bairro de Soweto e a casa onde o Prêmio Nobel morou no início de sua vida profissional. Hoje é um pequeno museu.
Recomendo que conheçam mais a vida deste homem.
Sugiro o livro "Os Caminhos de Mandela: Lições de Vida, Amor e Coragem" - editora Globo, escrito pelo jornalista Richard Stengel, entre outros sobre a sua vida como "Conversas que Tive Comigo"-Editora Rocc-que estou lendo agora.
"Os Caminhos de Mandela” é uma leitura obrigatória nestes tempos de ansiedade, depressão, obesidade, conflitos e um sem números de causas de dispensáveis sofrimentos para nossas almas.
Entre os filmes, alugue “Invictus” com Matt Manton e Morgan Freeman (no papel de Mandela) dirigido por ninguém menos que Clint Eastwood. Os dois atores foram indicados aos prêmios do Oscar de melhor ator (Morgan) e melhor ator coadjuvante (Matt) em 2010
Invictos é o nome do poema Invictous, de William Ernest Henley, que tem frase forte no final:
”Não importa o quão estreito seja o portão e quão repleta de castigos seja a sentença, eu sou o dono do meu destino, eu sou o capitão da minha alma”.
Momento culminante do filme se passa no Estádio Ellis Park, fundado em 1936, em Johanesburgo, e que foi o local do jogo Brasil e Chile pelas oitavas- de- final (Brasil 3 x 0 Chile).
Ao entrar no Estádio, lembrei-me do filme e imaginei testemunhar uma parte da história daquele país.
O filme é uma aula de política e amor, caso deseje entender como estas duas palavras podem caminhar juntas. O professor é um dos homens mais raros dos tempos modernos.
Há muito o que aprender com Mandela sobre praticamente tudo que a vida nos dá.
Se já viu o filme, tente ler o livro.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

O Rio de Janeiro de sempre, mas diferente.

Vista do Pão de Açúcar a partir do Forte de Copacabana
Eu tenho duas sugestões para a sua próxima viagem ao Rio de Janeiro e se for um de seus habitantes, melhor ainda.
A primeira é experimentar o camarão  ao alho e óleo (aperitivo) do restaurante IMPERATOR, que fica ao lado  do Hotel Sofitel, em Copacabana.
Trata-se de uma casa modesta e que dificilmente chamaria a sua atenção. Conheci por acaso, devo confessar.
Saí do Hotel com a minha mulher e algumas amigas para tomar um chopp na praia. A chuva caiu e nos abrigamos no restaurante e decidimos ficar ali mesmo. A proposta era chopp, um tira-gosto e boa conversa diante da chuva intrometida.
Escolhi o camarão, pois não queríamos o tradicional (e já conhecido) “Filé com Fritas ao molho Madeira” e surge a revelação: delicadamente protegido em uma panelinha coberta, sob uma boa camada de  alho bem picadinho, os pequenos crustáceos, sem cascas, pareciam iguarias de degustação sofisticada. Uma delícia que deu sabor ao chopp comum e fez da noite acidental uma bela conversa horas a fio.
Portanto, a dica é um  chopp com o mais delicado e incomum camarão ao alho e óleo (peça torradas para acompanhar)  da “Princesinha do Mar”. Procure o garçom chamado Lucas e diga que foi uma indicação. Assim, terá um atendimento mais personalizado.
A segunda dica é bem pertinho da primeira (mas experimente uma de cada vez, por favor).
Trata-se do velho conhecido Forte de Copacabana (lembra a última vez que o visitou?) que tem, para mim, uma das mais belas e especiais vistas de Copa e a agradável presença de uma Confeitaria Colombo, com um cardápio descomprometido, mas ainda delicado.
Ocorre que de lá, sentado em uma mesa encostada na murada, você pode apreciar a curvatura da praia (uma ferradura) acolher o mar. É lindo e diferente.
Gosto tanto de dia ( observe Copacabana em um domingo a partir do Forte) como à noite, combinados com um mar nem tanto sossegado, iluminado por tantas luzes (noite) ou pelo Sol (dia), brisa, aviões que beliscam o Pão de Açúcar, barcos ou navios deslizando pelo Atlântico.
O que pode parecer uma proposta “velha e conhecida”, um ponto turístico das antigas, torna-se um lugar  cheio de personalidade.
Sugiro uma das boas saladas da confeitaria, se for um dia ensolarado e quente.
O resto, amigo, será o seu estado de espírito que descobrirá.


Assista à "Tropa de Elite 3" em casa.

Quando assisti ao filme Tropa de Elite II, liguei entusiasmado para pessoas amigas e familiares. Disse-lhes que o filme era uma obra de arte, uma notável descrição da pedagogia do poder, muito além das fronteiras do Rio.
Minha amiga Ana Lúcia (RJ) respondeu dizendo que já não aguentava mais filmes que acabam denegrindo a imagem da sua cidade.
Comentei que não se preocupasse com este aspecto, uma vez que a história era tão densa e convincente em seu próprio enredo e revelações, que o Rio de Janeiro escapava quase ileso. Não senti pena  nem tristeza pela cidade.
Vi ali uma genial forma de explicar o que se passava e apontar os caminhos, as saídas possíveis.
O noticiário destes dias sobre a operação da Polícia Federal, no Rio de Janeiro, confirma, agradavelmente, aquele entendimento. A principal denúncia do filme, as relações de poder entre o Estado e os criminosos, sofre um duro golpe, dando um estratégico seguimento à invasão da favela do Alemão.
Quem não viu ”Tropa de Elite II" pode ver a sequência em casa. Mas eu aconselho a série completa.


domingo, 13 de fevereiro de 2011

Você quer compartilhar um Roteiro da Emoção que ficou em sua lembrança?

Transcrevo comentário do fraterno amigo Helton, a propósito de uma dica que encaminhei sobre o Rio de Janeiro:

Danilo, boa tarde!
Excelentes tuas dicas.Desde que começou a enviá-las, tenho procurado desfrutar do teu bom gosto.
Amigo, tenho excelentes recordações e saudades daquele tempo e do trabalho que fizemos juntos na época da Siderúrgica.
Lembra aquele final de tarde e o whisky no restaurante da sobre-loja do antigo Aeroporto Santos Dumont? Particularmente gostava mais dele antes da reforma, ficou mais moderno, mas perdeu muito do seu charme. Chegar ao Rio pela aproximação da Floresta da Tijuca, pedir a bênção ao Cristo, beirar o Pão de Açúcar e desfrutar da vista de Botafogo e do Aterro do Flamengo do lado esquerdo da janela, depois disso descer as escadas, tocar o solo, respirar o ar temperado pela maresia e caminhar fascinado com a paisagem até as esteiras, era muito bom.


Quando estiver em São Luís, por favor me liga, vamos combinar uma noite para reunirmos as famílias e tomarmos um bom vinho.

Um forte abraço

Elton Carvalho




sábado, 12 de fevereiro de 2011

O Discurso do Rei justifica a Festa do Oscar.

Cartaz do filme O Discurso do Rei
 “O Discurso do Rei” (2010-Inglaterra) é desses filmes que nos fazem ter vontade de levantar, ao final, e puxar uma salva de palmas. Quase fiz isso.
Relata o drama do Rei George VI, que sofria de gagueira, para conduzir os seus súditos durante a Segunda Guerra Mundial. Mas revela, ainda, outros inconfessáveis dramas da monarquia, nos faz mergulhar na atmosfera sombria e elegante de Londres das décadas de 30 e 40 e reencontrar, infelizmente, a prepotência maldita do Nazismo.
As indicações para levar 12 estatuetas são poucas. Deveria levar 13.Duas de melhor ator. Uma para Colin Firth ("Direito de Amar”, “Mamma Mia!”, “Armadilhas do Coração”) ator inglês que interpreta o rei gago, e outra para Geoffrey Rush (“Piratas do Caribe”, “Elizabeth, A Era de Ouro”, “Shakespeare Apaixonado”) australiano que faz o papel do Lionel, o terapeuta de George.
O filme me fez lembrar a “gagueira” de minha infância e ,também,do meu pai, que foi fiscal de cinema durante algum tempo em São Luis. Ele tinha dois volumes de luxo sobre a Segunda Guerra, onde eu conheci Winston Churchill, interpretado pelo não menos inglês Timothy Leonard Spall (Piratas do Caribe).

A Revolução no Egito, Cleópatra e Elizabeth Taylor.

Elizabeth Taylor em cartaz do filme Cleópatra
A revolução (popular e justa) no Egito é o fato da semana.
Coincidência ou não, Elizabeth Taylor, a eterna Cleópatra, inquestionável símbolo da beleza da mulher em toda a história do cinema, foi internada nestes dias em Los Angeles, com problemas cardíacos. Ela nasceu em 23 de fevereiro de 1932, em Londres, o que aumenta a coincidência entre os fatos.
História, poder, revolta e traição aproximam as duas notícias,uma vez que o papel de Cleópatra,A Rainha do Egito, marcou a carreira da atriz.
Bom motivo para rever Cleópatra, o filme(1963), admirar Elizabeth e rever parte da história do país das pirâmides e centro das atenções do planeta nestes dias.
Lembrete: o filme é longo,quase quatro horas.
Circula na mídia especializada que Angelina Jolie vai interpretar Cleópatra em 3D. Vamos esperar.