quinta-feira, 1 de setembro de 2011

" A Árvore da Vida "



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Quando “O Cisne Negro” chegou às telas, amigos me disseram que era um filme denso. Confirmei.
Agora, encontrei um ainda mais denso, e tenso.
Na verdade, “A Árvore da Vida” (EUA-2011), cujo gênero pode ser definido como drama/fantasia, pode ser muitas coisas, inclusive chato e magnífico. Louco ou inovador. Longo ou na medida certa. Mas não vai passar em branco. Trará mais lembranças além da Palma de Ouro conquistada no Festival de Cannes, este ano.
O diretor e roteirista Terrence Malick (Além da Linha Vermelha, O Novo Mundo) já era um cineasta polêmico, daqueles que atraem amor ou ódio, mas nunca indiferença. Superou-se desta vez. A estatueta já lhe foi prometida inúmeras vezes em pouco tempo. Quem sabe será de novo. O filme é, indiscutivelmente, seus devaneios, dúvidas e fé. Suas buscas. Seus achados. Sua vida e suas inquietudes.
Poucas vezes eu vi, no cinema, uma reconstituição tão real, precisa e cheia de detalhes sobre a infância(o cotidiano entre irmãos) e o amor de mãe, devotado, comprometido, sofrido numa personagem oprimida e fervorosa na fé cristã.
O melhor do filme está no meio. A vida de uma típica família americana dos anos 50, comandada por um marido e pai tirano e rude, Sr. O’Brian (Brad Pit), sua mulher silenciosa (Jessica Chastain) e seus três filhos, entre os quais Jack (Sean Penn).
É Jack quem nos relata a história.
As tomadas em ângulos intimistas e exclusivos, as imagens científicas e “sacras” da formação da vida, e de um Deus universal na penumbra, navegam entre um documentário e uma obra fantasmagórica. Pode ser essa a parte “chata”.
Mas tudo são detalhes de um Terrence.
Este post vai ficar assim como o filme, esquisito, parecendo incompleto.
Descubra a verdade. Procure a arvore da vida você mesmo. Corra o risco de ver este filme.
O ator mirim que faz a primeira fase da vida de Jack (Hunter McCracken), seguido de perto por Brad Pitt, faz um primor de interpretação. Ambas são magníficas.
A árvore é frondosa.
Sean Penn, por causa de seu papel, está longe de seu desempenho em “Milk – A Voz da Igualdade”(EUA-2008) ou “Caminhos Violentos”(EUA-1986) - um dos meus preferidos.
Jessica Chastain, a mãe, é conhecida de séries de TV como ER, Close to Home e Law & Order.



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