terça-feira, 15 de março de 2011

O dia em que eu desejei ser um carteiro.

O Oscar 2011 teve excelentes filmes indicados. Dez ao todo. Poucas vezes qualquer resultado não seria uma surpresa. Da complexidade de “A Origem”, passando pela graça animada de “Toy Story 3”, o drama denso da bailarina de “O Cisne Negro”, a superação em “O Discurso do Rei” e em “O Vencedor”, há filmes para todas as preferências.
Rosane Furtado, envolvida  pela história que emerge  do espetáculo “O Lago dos Cisnes”, lembrou-se do seu preferido de todos os tempos, que assistiu solitariamente já faz algum tempo e me recomendou: "O Carteiro e O Poeta".
Na verdade, não é um filme, é uma poesia que eterniza a amizade entre o escritor chileno Pablo Neruda e um carteiro semianalfabeto. Um relembra sua trajetória e paixões, o outro confessa seu amor por uma mulher em meio a uma simplicidade comovente.
Pablo Neruda é interpretado pelo ator francês Philippe Noiret (Cinema Paradiso) e o carteiro pelo  ator e diretor italiano Massimo Troisi, que morreu vítima de um ataque cardíaco um dia após o encerramento das filmagens. O ator francês também já morreu (2003).
O filme, de 1994, é ambientado em um pequeno lugarejo na costa da Itália.
O encantamento, que mistura aspectos incomuns da personalidade de Neruda, a paixão poética do carteiro e as peculiaridades de uma pequena cidade italiana nos anos 50, deixou Rosane introspectiva e apaixonada.
É uma poesia, ou melhor, um filme italiano, mas com a calma dos lugarejos, o cheiro do mar e a força inigualável da amizade e do amor ideais. Um filme para assistirmos com carinho.

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