quinta-feira, 11 de agosto de 2011

"O Céu de Outubro" , um clássico ignorado.

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"O Céu de Outubro" foi uma descoberta graças ao canal MGM. Desconhecia este filme americano de 1999, mas é dos que eu gosto.
Uma pequena cidade de Coalwood, Virgínia West, em 1957, foi palco de uma história real cheia de lições.
Naquele ano, os EUA assistiram à antiga União Soviética inaugurar o espaço. O Sputnik assustou os americanos. Foram para as ruas para avistar o satélite estranho dos russos cruzarem seus céus de liberdade.
A música de Elvis embalava sonhos de uma juventude nem tão transviada, ainda, aqui em baixo.
Homer Hickam era filho de um abnegado e orgulhoso mineiro. A mina de carvão era tudo que poderia oferecer aos filhos e o pai tinha convicção de sua tese. Seus dois filhos, pensava, segui-lo-iam naquele trabalho árduo e perigoso, mas ali teriam suas vidas, casariam e criariam seus netos. Não acreditava nos estudos universitários, não sonhava que seus filhos pudessem ter um futuro diferente. Era rígido como as rochas da mina.
O filho mais novo, contudo, era felizmente um sonhador dos tempos dourados. Seu ídolo era Wernher Von Braun e teimava que era possível fazer um foguete para seguir o satélite do inimigo. Começava a corrida espacial. Ele queria ir para o espaço, não para o fundo da terra.
A trajetória do estudante secundarista  relembra os tempos das feiras de ciências, da pesquisa divertida, do verdadeiro aprendizado sobre o mundo da física, química e matemática que fazia sentido com a vida prática. Em sua luta contra as incompreensões do pai, contava com a tolerância da mãe, tinha tempo para se apaixonar pela garota mais linda da turma, brincar com os colegas, admirar a professora zelosa e lançar os seus foguetes.
A atmosfera mágica daqueles anos de muita esperança preparou um cientista da NASA e escritor, que dedicou parte de sua vida à preparação de astronautas. A cidade desapareceu. O pai estava errado. A mina de carvão fechou.
O filme homenageou aqueles bons tempos em que meu irmão, Douglas Furtado (1957/2008), sem saber da existência de Homer, também amou Von Braun e desejou ser um astrônomo. Eu me lembro bem dessa parte e de suas tentativas de lançar um foguete.
O futuro cientista foi interpretado pelo ator Jake Gyllenhaad, conhecido pelo polêmico e brilhante “O Segredo de Brokeback”.
Seu pai, John Hickam, foi o personagem de um Cris Cooper cheio de vida e força para cavar buracos à época e que aparece em “Beleza Americana” e “O Último Bourne”. A professora Frieda Riley( Laura Dern ) voltaria ao mundo da ciência em "Jurassic Park 3". A Direção foi de Joe Johston.




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