sábado, 9 de julho de 2011

Um fanático pode ganhar o Nobel de Medicina

Miguel Ângelo Laporta Nicolelis (50), médico e cientista brasileiro, é um paulista capaz de causar orgulho a brasileiros de qualquer estado ou região. Seu currículo e méritos são tão extensos que eu vou logo sugerindo que visitem a Wikipédia. Ainda que eu fizesse um resumo, ocuparia muitas páginas.
Mas é preciso destacar que ele é o primeiro brasileiro a ter um artigo publicado na capa da revista Science, é um fortíssimo candidato ao Nobel de Medicina em 2011 e foi o criador do Instituto de Neurociências de Natal (RN), entidade não governamental que visa popularizar a ciência no Brasil.
O trabalho de Miguel pode ser definido pela busca intensa na maior compreensão do funcionamento do cérebro humano, visando seu melhor aproveitamento pela nossa raça e sua interação produtiva e ética com os avanços tecnológicos que este mesmo cérebro produziu até aqui, como as máquinas.
Miguel estuda, trabalha e acredita na capacidade e poder ilimitados que temos. De minha própria crença, digo que há milhares de anos alguns “cientistas” já pregavam sobre isso. Muitos experimentos foram descritos como milagres. Um deles se chamou Jesus, outro Buda e por aí vai.
Ele está lançando um livro pela Companhia das Letras para difundir tudo isso. O título é cientificamente longo: “Muito além de nosso eu – A Nova Neurociência que une cérebro e máquina e com ela pode mudar nossas vidas”. É uma boa leitura para quem gosta do assunto.
Nicolelis pretende surpreender na Copa de 2014. Um jovem deficiente, provavelmente paraplégico, vai usar uma veste robótica e dar o pontapé inicial no jogo de abertura da Copa.
Mas o médico tem em seu DNA algo que é bastante vulgar, nada científico e até questionado.
Ele é FANÁTICO por futebol e pelo Palmeiras. Eu cito apenas duas demonstrações dessa paixão: Em sua página na Universidade de Duke (EUA) tem um link que o transporta para site do time paulista e foi capaz de proferir uma palestra para cientistas, na Suécia, com a camisa do Palmeiras. Explicou que aquele dia era dedicado ao clube e todos os torcedores de verdade têm que vestir a camisa. Agora, imaginem a reação daquela platéia.
Miguel, meus caros leitores, é candidato ao Nobel de Medicina em 2011, repito, e tem enormes chances de ser escolhido.
Este post é dedicado àqueles que entendem o que este blog pretende compartilhar e por quais razões tem esse nome.
É, ainda, um respeitável protesto a outros que reprimem desejos, levam tudo muito a sério e cobram sempre este comportamento dos que estão por perto.
Fica a lição de Miguel: em seu cérebro (e nos nossos) podem conviver poderosamente tanto as virtudes de um cientista produtivo e dedicado às grandes causas como um torcedor apaixonado e que não faz mal algum a ninguém.
O cientista, contudo, é humano e assim teria que ter algum “defeito”. Ele bem que podia ser Fluminense.






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