sexta-feira, 4 de maio de 2012

"Sete dias com Marilyn" já é quase o bastante

Eu gosto de gente que ganha a vida com seu talento. Não importa muito a atividade, nem precisa ser uma caminhada solitária, até porque ela não existe.
Prefiro e admiro mais ainda se o roteiro for desvinculado do mundo burocrático.
Por isso, interessa-me, muito, biografias destes vencedores, tenham vida longa ou curta, ou daqueles que trouxeram mudanças, bagunçaram costumes, remexeram cotidianos.
A história de Marilyn Monroe sempre me despertou curiosidade. Não só por ser diva, símbolo sexual, loura, sedutora e conquistadora de homens, até presidentes.
Mas por ter sido uma criança sem amor, quase sem mãe e totalmente sem pai, que ela nunca soubera quem foi.
Sua trajetória esplendorosa ou triste, estrelar ou medíocre, conforme o olhar, foi marcada pela infância capenga. Entender o sofrimento e vícios que se escondiam na atriz sedutora é aprender a importância de amar e cuidar bem dos filhos.
Marilyn nunca soube o que era amor "dos pais" e, depois, nunca foi amada sem ser vista como um mito.
O filme "Sete dias com Marilyn" (EUA/Reino Unido - 2012) consegue explicar sua vida, relatado pelo assistente de produção Colin Clark (Eddie Redmayne)  que se envolveu com ela, apaixonou-se e viveu a melhor semana de toda a sua vida ao lado da atriz, em 1956.
São revelações recheadas de sensibilidade, vividas por um jovem de 24 anos, justificadamente seduzido e encantado por uma mulher de 30, que para seu azar (ou sorte), era a própria, à época casada com o dramaturgo Arthur Miller. O casal estava em lua - de - mel na Inglaterra durante as filmagens.
Além do mito, o filme nos permite, especialmente aos cinéfilos, mergulhar nos bastidores de um longa dirigido por Laurence Oliver (Kenneth Branagh), “O Príncipe Encantado”, e o complexo mundo da indústria do cinema nos arredores dos anos 60. Extraordinário, esse aspecto.
Há muito escrito, gravado e  especulado sobre o mito.
Em 2011, a Globo News apresentou uma série completa sobre Marilyn Monroe.
Imperdível.
O filme, contudo, usa o próprio argumento do cinema para nos acrescentar mais ainda sobre a intensa e curta( ela morreu em 1962, aos 36 anos) vida da mulher mais instigante do cinema e, quem sabe, de todo o século 20.
Marilyn é interpretada pela convincente Michelle Willians( Namorados para Sempre/
Ilha do Medo)

Colin Clark escreveu o livro "Minha semana com Marilyn", lançado no Brasil em 2000, que inspirou o filme. Ele  morreu em 2002, na cidade de Londres.

O Diretor é Simon Curtis, um desconhecido até ser também atraído por Marilyn.
                                              
Marilyn e Colin Clark, em cena do filme
                                                                                

                                           

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