segunda-feira, 7 de maio de 2012

Às favas com a cautela. Viva a euforia!


Um amigo das redes sociais me disse ontem que eu era um fanático pelo Flu. No contexto, foi uma declaração simpática. Não uma crítica.
Realmente, eu não sou fanático, do jeito reprovável de ser.
Ganhando ou perdendo o Fluminense, eu não deixo minhas rotinas, não perco o sono, não choro.
Já chorei de alegria em vitórias memoráveis, nunca de tristeza ou raiva, inconformismo.
Mas sou fanático em viver a euforia, educada, gentil, bem humorada, das grandes vitórias.
E ontem, 06/05/2012, foi uma grande vitória.
Um jogo memorável. Um “Jogo para Sempre", como definiu uma série de TV, que reprisava jogos históricos.
Um jogo impecável. Não acho outra palavra, impecável.
O gol do Bota, logo no começo, foi claramente um gol de sorte, que no mundo das peladas receberia outro nome.
A partir de mais um pouco de tempo, o Fluminense começou a controlar o jogo e ir à busca do justo empate.
Aí começa o "impecável".
Gol de bicicleta, linda, perfeita, pelos pés do capitão Fred. Golaço... aço...aço, como diria Jorge Curi.
Jogo virado, troca de campo e o "impecável" continua.
Bota perde a cabeça e tem jogador expulso. Sorte ou azar, nunca se sabe.
Mais um pouco do show e Deco dá um passe de mágica, que nem Pelé fez para Carlos Alberto chutar “impecavelmente” o quarto gol contra a Itália, em 1970.
Calma, longe de comparar Deco com Pelé, o Capita com Sóbis.
O que me lembrou do lance do México foi a precisão, a certeza de Deco que a bola chegaria exatamente e na hora certa nos pés de Rafael Sóbis. Sincronia perfeita. Lance de placa. Rafael, sabendo o que ganhara de presente, chuta como manda o almanaque. Outro golaço para Jorge.
Coração batendo firme, alegria encharcando a alma, inquietação eufórica e vem o gol impossível.
Novamente um passe de amigo (Thiago Neves) e Sóbis faz um gol impossível, quase sem ângulo, dá um toque de sinuca na bola. Breve segundo de suspense, mas ela cai na caçapa.
Caberia a um garoto, Marco Jr, entrar para a festa também, em sua estreia logo na primeira decisão da vida, após tabelinha com participação de Deco e Fred.
Belo quarto gol. Vitória insofismável. Retumbante. Implacável e impecável. Essa palavra não me sai do sorriso.
Estado de graça. Euforia pura. Piadas educadas no blog. Gozação para os adversários. Inquietação saudável numa noite de domingo.
Na entrevista de Abel, o treinador feliz diz que não ganhamos nada e que a euforia deve ser controlada. Equilíbrio, pede ele.
Ora, ora, meu caro Abelão.
Às favas com a cautela.
Viva a euforia até o próximo domingo.

                                                  
 Este post foi dedicado aos flamenguistas e aos "Vice para Sempre".

Nenhum comentário:

Postar um comentário