quinta-feira, 22 de março de 2012

A melhor invenção é Hugo Cabret

Poético. Sofisticado. Encantador. Mágico.
Tanto faz a ordem. “A Invenção de Hugo Cabret " (EUA-2011) é isso tudo ou qualquer das escolhas que fizermos acima.
Ameaçado pela rejeição dos cinéfilos,  a tecnologia 3D está salva.
É possível  fazer um filme de não animação em que,  esquecendo dos óculos mágicos, nos sentimos envolvidos e presentes na trama confortavelmente.
Neste caso, 3D ajuda.
“O Artista” tem companhia ilustre para homenagear o cinema.
A história fantástica que nos relembra com reverência o início do cinema francês, passeia por uma Paris tão encantadora como aquela da “Meia Noite”, quase uma cidade viva com sons e burburinhos típicos, tic-tac de relógios e cochichos.
Uma estação de trem nos prende no tempo, brincando, fugindo, driblando.
Asa Butterfield, intérprete de “O Menino do Pijama Listrado”, apaixona e asfixia nosso peito.
Cada gesto, semblante ou trejeito de Hugo parece uma sinfonia de emoções.
Sua delicadeza firme, sua obstinação graciosa, seu talento criativo nos aprisionam.
Será mesmo uma interpretação ou Hugo existe ?
Realismo fantástico.
Meu texto está prejudicado. Hugo não me sai da cabeça. Eu não consigo pegar o trem para deixar a estação de Paris no início do século 20. Fiquei prisioneiro.
Talvez Ben Kingsley, o mesmo que foi Gandhi um dia, possa deixar a trama por  um instante e venha me pedir  atenção: Ei, olhe para mim!
Ou Martin Scorsese me peça desculpas pela hipnose.
A amiguinha de Cabret, (Shloe Moretz) , linda e tão menina, quem sabe me desperta oferecendo um livro.
Preciso inventar um jeito de voltar do passado, Hugo.


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