terça-feira, 6 de março de 2012

"Histórias Cruzadas" já é um clássico

Por outras vezes anunciei minha paixão pelo cinema. É um dos motivos da existência do blog.
A telona me leva a muitas viagens e, também, pode pautar a vida, estimular discussões, orientar as decisões da sociedade.
Neste caso, “Histórias Cruzadas” (EUA-2001), pode até ser mais eficiente do que certas políticas públicas afirmativas.
Com extrema emoção, saí do cinema, domingo, dia 4, com esta convicção.
O tema, o racismo cruel em dado momento da vida americana, pela metade do século passado, já foi pano para manga em Hollywood. A vida dos negros americanos, especialmente do sul, foi roteiro, revelou grandes astros, ganhou prêmios e fez política.
Em “The Help”, título em inglês, baseado em um livro de Kathryn Stuckett, vê-se sob outro ponto de vista aquele drama humano. A ignomínia que atravessou séculos, sustentou nações, matou e destroçou corações e famílias.
Percebe-se, agora, sob o relato das empregadas domésticas negras da pequena cidade de Jackson, Mississipi (EUA).
Com reconstrução impecável da vida naquele tempo, o filme nos faz pensar sobre a nossa  aqui no Brasil.
Outras cenas passam pela cabeça, quando encaramos, com medidas menos atrozes, lembranças de cá.
No meu caso, nada repetiu ou inspirou o roteiro do filme, mas é impossível não imaginar que a vida das negras que se empregaram, e ainda se empregam, nas casas dos brancos, fora parecida com aquelas interpretadas magistralmente por grandes atrizes quase anônimas.
A protagonista, Aibileen Clark, interpretada por Viola Davis, candidata ao Oscar 2012, ou a sua amiga Minny, que fez Octavia Spencer ganhar o Oscar de melhor atriz coadjuvante há duas semanas, é de tal dignidade e espírito de luta que arrebata toda uma raça. As histórias relatadas são tão repugnantes como inspiradoras.
Emma Stone( A Mentira) interpreta a autora do livro, representando o melhor da alma branca.
Uma cena é o melhor resumo das emoções que senti. Um editorial por si só.
Em certas circunstâncias da trama, Aibileen se dirige à garotinha loura que ela amorosamente cuida para lhe ensinar lições para sempre e que deviam ser obrigatórias, por decreto, de serem oferecidas aos filhos pelos pais, de qualquer raça ou cor.
Diz ela, para consolar a pequenina ignorada pela patroa-mãe:
“Repita comigo: eu sou inteligente, importante e gentil”.
O amor, sem cor, em versão pura, quase inalcançável para a maioria de nós, brota de uma empregada mais nobre que seus patrões. Uma frase que se iguala à centenas de páginas de livros ou horas a fio de pregação.
Faça um favor a si próprio. Em nome da história, assista a esse filme.
Renda-se a Tate Taylor, o Diretor que passou sua infância na pequena Jackson.
Joana Vieira( Rio de Janeiro) seguidora do blog, disse com rara precisão: o filme já é um clássico.
As três protagonistas(foto do site oficial do filme)
Nota de pesar: Se tivesse visto o filme antes, dedicaria meu palpite/torcida como candidato a ganhar o Oscar 2012. Talita tinha razão.

Um comentário:

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