quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Nem em Bali ou no Taiti

Um conterrâneo me reclamou de não escrever sobre os Lençóis Maranhenses. Sua queixa, na verdade, perguntava: Roteiro não se emocionou com aquelas paragens?
Já pensei sobre isso. Compartilhei um safari na África do Sul, mas não escrevi uma linha sobre os Lençóis.
Eu me emocionei, sim. E mais de uma vez. Talvez a displicência tenha sido causada pelos anos em que não visito aquele destino turístico. O autoexílio tem suas prendas.
Então, vamos lá.
Os Lençóis são únicos. Comentam que uma conjunção de aspectos naturais tão raros de se repetirem (rio, deserto, lagoas e mar) só é encontrada na Austrália.
Estive lá diversas vezes até 2005. Envolvi-me com o lugar, desci rio, subi dunas, mergulhei em lagoas, refugie-me na beira do Preguiça, ouvi piadas do chef Paturi e descasquei, com paciência, camarões gigantes.
As piscinas, ah... Essas são únicas.Talvez, nem um resort no mundo, os mais sofisticados de Bali, na Indonésia, ou no Taiti, flutuando no Pacífico, conseguiriam reproduzir a sensação de completude, de satisfação, aconchego e paz que sentimos mergulhados até a altura do peito.
Poucas vezes me esqueci de quase tudo dessa vida. Apenas o sol é capaz de nos fazer desistir de por lá ficar para sempre. As melhores piscinas da terra.
Certa vez, disse que descer o rio Preguiça me lembrava dos fiordes europeus, pela altura e conformação da vegetação que circunda as águas sinuosas, formando labirintos plácidos.
O lugar, exclusivamente aquilo que é natural, é uma maravilha encantadora.
Se a grana permitir, faça um sobrevoo em avião pequeno ou de helicóptero.
Nunca mais esquecerá esse dia em sua vida. Promessa do Roteiro.

foto hierophant.com

foto tursita.com



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