terça-feira, 15 de novembro de 2011

"A Pele que Habito" dá arrepios, mas é muito bom.


Há quem ache Pedro Almodóvar um gênio, o melhor diretor destes tempos. Há quem veja sua obra com um traço barroco, é o meu caso, embora com respeito.
Agora, o espanhol se mostra para uma nova plateia, os surpreendidos e assustados.
Autor do roteiro e diretor do filme que segue o romance "Tarântula", do escritor francês Thierry Jonquet, publicado em 1984, Pedro muda de estilo e nos oferece um filme contemporâneo, limpo, com suspense sofisticado.
A história é macabra e instigante e, não por isso, ainda passa pelo Brasil. De novo, alguém vai dizer que o filme é preconceituoso e colonialista, essas besteiras.
Antonio Banderas, que começou a carreira com o  amigo diretor, escapa do "Zorro" e faz um trabalho digno de sua fama, com maturidade dos astros consagrados. É um cirurgião plástico que mistura ciência, ambição e vingança. Evite-o, se pretende entrar no bisturi.
A mulher do filme, Eva, que antes foi Vicente, é interpretada pela atriz Helena Anaya("Fale com Ela" e "Inimigo Público" 1 e 2). Linda, sua personagem é o centro das nossas emoções mais fortes, entre elas uma pena cortante.
O romance do francês( já morto) vira um filme extraordinário que trata de temas que estimularam  filósofos de tempos imemoriais e habitam nossas mentes até hoje, como a sexualidade.
Deixo poucas pistas, mas é necessário. A surpresa, neste caso, é fundamental.
Vá logo, antes que alguém lhe conte os detalhes.                    

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