terça-feira, 13 de novembro de 2012

A arte de ser Fluminense

É diferente. Ser Fluminense é diferente.
Não somos a maioria, é verdade.
Também não estamos na "Boca de Matilde", como se diz.
Não temos (ainda) a nossa arena. Tomamos emprestado, sem contestação, o Maracanã, ao longo de nossa vida.
O estádio das Laranjeiras é acanhado, singelo, no meio  da cidade.
O nosso "CT", modesto e em reforma, fica em Xerem, cercania da "maravilhosa".
Tricolores "famosos" se contam nos dedos:
Nelson Rodrigues, Cartola, Chico Buarque, Jô, Bial, Nelson Mota, Carlinhos Vergueiro, Evandro Mesquita, Milton Nascimento, Sérgio Malandro, Marisa Monte, Hugo Carvana, Ana Botafogo, Arthur Moreira Lima, Paulo Ricardo, Elis Regina, Ivan Lins, Fernanda Torres e sua mãe, Ronaldo Bôscoli, a garota de Ipanema, Helô, Gilberto  Gil, Dado Villa-Lobos, Toni Platão, Wanderléia e outros nobres torcedores que minha memória esqueceu com carinho.
Mas tudo isso, jeito e história, parecem transcorrer com muita arte.
Nossa pequena torcida escreve músicas, livros, encanta, interpreta, danca, faz piada e emociona como os versos de Cartola, suaves.
Por isso, disse Nelson Rodrigues:
"Se o Fluminense fosse jogar no céu, eu morreria para assistir".
Seria, convenhamos, o maior espetáculo do outro mundo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário