sexta-feira, 24 de junho de 2011

"Meia Noite em Paris" segundo Woody Allen

google imagens
A inspiração de Woody Allen sugere uma boa discussão através de um filme com uma história simples... para um gênio.
“Meia Noite em Paris” (EUA/Espanha-2011), já em cartaz nos cinemas, passeia por Paris de forma inusitada, criativa, relembrando os encantos atemporais da cidade e nos levando a encontros mágicos com épocas de ouro, artísticas e boêmias, requintados pela presença de Hemingway, Dali, T. S. Eliot, Pablo Picasso e o casal Fitzgerald. Para maior realismo, tudo ocorre madrugadas adentro, mais precisamente à meia-noite.
Essas aventuras nos são permitidas através do personagem central, Gil (Owen Wilson), um roteirista insatisfeito, apaixonado pela literatura e que se supera ao recuar no tempo para satisfazer sua quase obsessão por épocas do passado.
O próprio Woody, em entrevista recente, diz que revê, nesta fase, sua predileção em filmar lugares e tempos passados. Genial, usa o próprio caminho para duvidar do destino.
Eu me identifiquei, em boa medida, com Gil. Gosto de ler, ver e se possível sentir aspectos de décadas como as de 50 e 60, pelo Brasil e mundo afora, e aprecio muito os filmes que reconstituem espaços e modos da história. Mas não desejo substituir o presente no qual procuro me realizar e me reinventar, sempre, como pessoa e cidadão.
Mas o filme não é só isso. Reafirma, e nunca é demais, a beleza da cidade para os que vivem atualmente e que podem visitar um lugar amplamente preservado com cuidado e zelo.
Na Paris de hoje é possível viver paixões com o bem-vindo romantismo que se encontra dentro cada um, mesmo que não se consiga dançar com uma das mulheres de Picasso ou ir a uma boa noitada no Maximes Gaillard do século 19.
O filme é, realmente, uma comédia romântica de arte!

Este filme já é considerado a mais lucrativo de Woody Allen e apresenta uma nova atriz, a  primeira-dama Carla Bruni.

O ator Owem Wilson ficou bem conhecido pelo filme “Marley e Eu”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário