segunda-feira, 6 de junho de 2011

Maria Gadu, de novo.

Alguns homens e mulheres passam vida em busca da eternidade, ou do sucesso.
No mundo de hoje, a internet estimula mais ainda esse frenesi. O desejo é o da fama, do reconhecimento, da sensação de estar acima da dúvida, de ser uma celebridade (e unânime).
Maria Gadu, que seguramente não quer nem uma coisa nem outra, alcança quase tudo isso na forma menos prevista: com talento, simplicidade, roupa despojada, jeito de menina sentada no banco da praça da cidade do interior, num final de tarde, conversando amenidades com alguns amigos.
Foi assim que a vi, neste domingo, numa reprise do programa “Altas Horas”, da Rede Globo.
Ao seu lado, um não menos encantado e seduzido Caetano Veloso, cantarolava feliz, também como um menino, admirando sua musa. O monstro sagrado parece ter se reinventado com a chegada de Gadu.
Vendo a dupla cantar “Nosso Estranho Amor”, com vozes que pareciam surgir de um lugar em que é proibido fazer  esforço, convenci-me de uma dupla de estrelas.
Maria Gadu parece não perder o controle de não ter controle sobre a naturalidade.
Caetano perdeu o controle sobre sua admiração.

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