terça-feira, 23 de abril de 2013

" Lendas da Paixão ", sábado, seis da manhã


Eu acordei muito cedo. A noite foi confiscada pelo noticiário do atentado nos EUA, onde dois malucos resolveram libertar o mundo, matando e mutilando inocentes.

Costumo procurar filmes nesse horário e já descobri, ou revi, muitos excelentes. Sessão das seis da manhã.
“Lendas da Paixão” é um romance (para alguns, filme de guerra) de 1994, EUA, com Brad Pitt, Anthony Hopkins, Aidan Quinn e Júlia Ormund (O Curioso Caso Benjamin Button e Sabrina, entre outros).
Essa atriz britânica tem um carisma e uma beleza que não consigo definir. Veja você mesmo.
A história se passa nas planícies de Montana (EUA) e talvez por isso tenha ganhado o Oscar de melhor fotografia naquele ano.
Um “coronel” cansado da vida de negócio se refugia em uma fazenda com três filhos bem distintos. O mais novo leva para casa a sua noiva (personagem de Júlia), mas tem que ir para a guerra de todo  mundo, a primeira, na Europa longínqua.
Surge o que me prendeu ao filme, que revia naquela manhã de sábado. Um raro amor nos tempo de hoje, onde relações são novíssimas em folha(seca).
Apaixonada pelo irmão mais inquieto, forte e aventureiro (Brad Pitt), a noiva perde o noivo para as balas alemãs e se entrega ao quase índio, que sobrevive à guerra e traz para casa o coração do irmão, que prometera ao pai proteger.
Mas o seu coração vivo e inquieto o leva para o mundo e deixa a mulher conquistada naquelas terras.
O irmão mais velho revela sua paixão pela mesma noiva e aí os encontros, desencontros, perdas e ganhos, com morte e drama, me levaram a pensar sobre estes amores impossíveis, que alguém pode carregar pela vida toda.
Ela, a musa da planície, até casa com o mais velho e político, mas vai partir, dramaticamente, de paixão pelo aventureiro.
Passa, portanto, boa parte da vida curta fiel ao seu amor, como não se vê nestes tempos.
Nada de reclamação me move, mas que nos faltam esses amores, isso é verdade.
Calma lá, o amor a que me refiro, e que se tornou raro, não tem sexo. O irmão político também passou a vida para conquistá-la e casou mesmo sabendo de seu amor pelo preferido do pai.
“Lendas da paixão” é um excelente épico!
Não precisa assistir às seis da matina, recomendo.

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